quarta-feira, 8 de julho de 2009

Oficialmente na Terceira Idade

Foto feita em 22/07/2012, após concluir minha primeira Meia Maratona, com o tempo de 2h28. Confira no link a seguir:



Reescrevi minha história, conforme relatei neste texto divulgado no Jornal Corrida:


Três anos e três meses após escrever o texto abaixo, graças a Deus minha vida melhorou muito, para melhor. Veja matérias veiculadas na imprensa:

No Jornal A Tarde:

Na Revista Contra-Relógio:

No Jornal Acontece:


Ao completar 65 anos neste 28 de abril de 2009, ingresso oficialmente na “Terceira Idade” de acordo com Legislação Oficial.

Este título foi inspirado no excelente texto do mestre Leonardo Boff, “Oficialmente Velho”, que escreveu ao completar 70 anos e que pode ser encontrado no site www.velhosamigos.com.br, no link “autores em destaque”.

Essa propalada Terceira Idade tem algumas vantagens, sim. A principal é o direito de não pagar passagens em ônibus coletivos convencionais urbanos. Este de fato é um benefício extraordinário, pois favorece milhões de brasileiros desafortunados.

Outro benefício importante que eu adquiri, foi passar a pagar menos imposto de renda. Considerando que somente um pequeno contingente de idosos neste País ganham o suficiente para superar o limite mínimo de isenção desse tributo, não posso deixar de considerar-me um privilegiado.

Há outros benefícios que até funcionam satisfatoriamente, já a partir dos sessenta anos, como a prioridade de atendimento em filas de bancos, cartórios, supermercados, etc., em que pese muitas vezes as filas de idosos superarem as demais, pois via de regra só disponibilizam um caixa e/ou atendente, principalmente nos famigerados desrespeitadores de direitos, os insaciáveis bancos.

As vagas reservadas para os idosos nos estacionamentos, por não ter nenhuma fiscalização que eu conheça, só prevalecem quando há vagas suficientes para todos, nos estabelecimentos que as oferece. Assim, qualquer um, num flagrante descaso pela Lei, se não encontram outras vagas, utilizam as destinadas aos idosos na maior “cara de pau”.

Não sou muito adepto do termo “Melhor Idade”, que algumas pessoas insistem em usar para definir os idosos. Para mim, a melhor idade varia de pessoa para pessoa. Vou falar um pouco da minha.

Quando estava de fato na melhor idade, que a meu ver é um conjunto da física e mental, que vai dos 20/22 aos 45/50, por aí, cometi os mesmos erros que a maioria das pessoas cometem. Não “tive tempo” para cuidar do bem mais importante da vida, que é a saúde e que para tanto é imprescindível fazer atividades físicas, ter de uma alimentação equilibrada e fugir dos vícios, como fumo e álcool, como já está cientificamente comprovado.

 Resultado, à medida que o tempo foi passando me tornei hipertenso, atingi os três dígitos de peso corporal e vi meus índices de glicemia e triglicérides ultrapassarem os limites da normalidade.

Cheguei a esta situação pelo simples motivo de ter comido, bebido e fumado demais e, sobretudo, não ter dado o devido valor à realização de atividades físicas.

Constituí família aos vinte e três anos. Foi cedo, mas não me arrependo. Estou tendo o privilégio de ver o crescimento de minhas três netas, sendo que duas delas já vão completar dez anos em setembro próximo.

Devido aos vícios, não considero que fui efetivamente um bom marido nem um bom pai. Simplesmente não tinha tempo. Só pensava na carreira funcional e, nas horas vagas, sempre preferia ficar bebendo com os amigos.

Com isso, considero que estraguei um tempo precioso de minha vida, na fase mais bonita do crescimento de meus filhos, de dois aos dez anos, que não acompanhei, como hoje gostaria de ter feito.

Quantas festinhas de escola não “pude ir”!!! Quantos passeios aos jardins zoológicos, aos parques, ao cinema, à praia, não fui com eles porque “não tinha tempo”? Este tempo não volta mais e é profundamente lamentável. Não ví, como deveria de ter visto, meus filhos crescerem.

Infelizmente este é um erro cometido pela grande maioria dos pais. No meu tempo isto acontecia mais fortemente com os homens. Hoje acontece também com as mulheres – com uma agravante – elas estão deixando para terem filhos mais tarde, por causa de suas carreiras profissionais e o resultado é que estão tendo cada vez mais gestações complicadas, os filhos são criados por empregados e cada dia há mais casamentos desfeitos. Que pena!

Felizmente acordei e espero que tenha sido a tempo. Parei com os vícios, principalmente a bebida e o cigarro e passei a fazer atividades físicas com mais intensidade. Além de caminhadas diárias, com um mínimo de uma hora de duração, faço também hidroginástica três vezes por semana.

Tendo conseguido emagrecer dezessete quilos nos últimos dez meses, considero que RENASCI, pois minha hipertensão está sob controle, meus índices de glicemia e triglicerídes normalizados e, aos 65 anos, estou me sentindo ótimo. Então, acho que mereço PARABÉNS - GRAÇAS A DEUS.

José Amâncio Neto, de Salvador-Ba,
Em 28 de abril de 2009.

Editado em 31 de julho de 2012.

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