quarta-feira, 1 de julho de 2009

Às vezes somos felizes, mesmo sem o saber

Talvez se lembrarmos que Ser feliz não é ter um céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes, nem trabalho sem cansaço e fadiga, nem relacionamentos sem decepções, descubramos que somos felizes.

E que não sabíamos.

Sim, ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco das dúvidas e do medo e do amor, até mesmo, nos desencontros.

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas meditar e refletir sobre a tristeza.

Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos, decepções
e nos percalços que encontramos diante de nós.

Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar
para um mundo que, também, existe dentro de si próprio.

É atravessar desertos fora de si, sendo capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos e das emoções e sensações
vividas e sentidas.

É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos,
mesmo que eles, eventualmente, nos magoem.

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre, natural e simples, que mora dentro de cada um de nós.

É ter maturidade para falar "EU ERREI".

É ter ousadia para dizer "ME PERDOE".

É ter sensibilidade para expressar "EU PRECISO DE VOCÊ".

É ter capacidade de dizer "EU TE AMO".

E descobrir que:
Ser feliz não é ter uma vida perfeita;
É deixar de ser vítima dos problemas, e se tornar um autor da própria história.

É agradecer a Deus, a cada manhã, pelo milagre da vida.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um "não".

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

É desejar lutar para que a vida se torne um canteiro de motivações e de oportunidades.
E que no inverno e no outono, e não apenas nas primaveras e nos verões, cada um de nós seja amante da alegria.

Que aconteça o que acontecer sejamos amigos da sabedoria.

E, que quando errarmos o caminho, possamos ter força e energia para recomeçar tudo de novo.

Pois só assim, seremos, cada vez mais, apaixonados pela vida.

E descobriremos que para ser feliz, temos que usar as lágrimas para irrigar a tolerância.

E usar as perdas para refinar a paciência.

Usar as falhas para esculpir a serenidade.

Usar a dor para lapidar o prazer.

Usar os obstáculos para abrir as janelas e as sendas da inteligência.

Jamais desistindo de nós mesmos.

Jamais desistindo das pessoas a quem queremos e amamos.

Jamais desistindo de ver em nossas vidas um espetáculo imperdível.

E não apenas tendo júbilo nos aplausos, mas encontrando alegria no anonimato.

Sim, ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Pois todos nós podemos ter defeitos, viver ansiosos e ficar irritados, algumas vezes,
mas, mesmo diante de tudo isso, não podemos nos esquecer que a nossa vida é a maior empresa do mundo.

E que somente nós podemos evitar que ela vá à falência.

Não esquecendo que perto ou distante de nós, muitas são as pessoas que precisam.
E que nos admiram e torcem por nós.

E que tudo isso se chama FELICIDADE.

Autor: Roberto Romanelli Maia

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