segunda-feira, 20 de agosto de 2012

ONDE CORRER EM SALVADOR


Onde correr em Salvador




NÃO É TODO corredor que gosta de treinar, mas não tem jeito. Treinar é preciso! Eu sou um corredor da terceira idade e posso assegurar que o progresso que obtive com relação à prática de corrida nos últimos três anos foi consequência de muito treinamento.

Naturalmente não é muito comum uma pessoa começar a correr após completar 65 anos, como foi o meu caso, mas com vontade, disciplina e, sobretudo, treinamento, é possível chegar aonde cheguei, ou seja, fazer um sub -60 nos 10 km e correr uma Meia Maratona.

A cidade de Salvador, onde moro, oferece várias possibilidades para quem adotou a corrida de rua como forma de melhorar a saúde e gosta de treinar, apesar de atualmente se encontrar em completo abandono pelas autoridades municipais, que deixaram que muitos desses lugares se degradassem, com pistas esburacadas, calçamentos defeituosos, ruas mal iluminadas, etc. Mas, não há como negar que correr numa orla marítima, recebendo no rosto a brisa fresca do mar, é muito prazeroso.

Salvador é uma cidade privilegiada. Afora outros locais que não conheço, mas que certamente existem, a partir da Praia do Porto da Barra e até a Praia de Stella Maris, são 30 km de orla em condições para treinar, seja nas pistas, nos calçadões ou na areia.

Começando na Praia de Amaralina, o corredor encontra um calçadão novo, de ótima qualidade, compartilhado com uma ciclovia que se estende até o Jardim dos Namorados, passando pelo charmoso bairro da Pituba, numa extensão de 4 km.

Logo em seguida vem o Jardim de Alá, o verdadeiro point dos corredores de Salvador, onde a maioria dos clubes arma suas tendas, principalmente aos sábados, transformando o local num grande ponto de encontro. Dalí os alunos partem para fazerem seus treinos, tanto no sentido Barra, como no sentido Itapuã. É uma festa!

O piso da pista no percurso Jardim de Alá até Itapuã tem uma extensão de 10 km, não é muito boa, pois surgiu da transformação do antigo calçadão, que era revestido de pedra portuguesa e deu lugar a uma pista compartilhada com uma ciclovia. É também um pouco estreito e tem algumas incorreções. Mas só o fato de ficar inteiramente à beira mar, sem prédios do outro lado, transforma a área em um local extremamente agradável para correr. Além disso, passa pelas belíssimas praias de Armação, Boca do Rio, Corsário, Patamares, Jaguaribe, Piatã e Placafor.

Mas não é somente na orla. A imponente Praça do Campo Grande, com suas árvores frondosas e seculares, oferece um calçadão muito largo e com quase 1 km de extensão, ideal tanto para caminhadas, como para corrida.

O dique do Tororó é outro local ótimo, cujo calçadão em volta do lago tem aproximadamente  2,6 km.  Os canteiros centrais das avenidas Centenário, Bonocô, Imbuí e Paralela, são também muito bons.

O Parque da Cidade, as praças dos Eucaliptos, do loteamento Aquários e Ana Lúcia Magalhães são outras opções excelentes, onde inclusive as assessorias esportivas fazem ponto todos os dias da semana, tanto pela manhã quanto a noite.

Há também o majestoso Parque de Pituaçu, cuja volta completa dá exatos 15 km, ideal para se treinar longões. Ou ainda as Dunas, na Praia de Stella Maris, com sua areia branquinha, fininha e cristalina, que oferece condições ideias para treino de força, o que pode ser feito também na areia fofa da praia de Armação.

Essas dicas valem para corredores de todo o Brasil, pois quem corre tem que ser disciplinado e não pode se limitar a treinar somente na cidade onde mora. Tem que treinar onde estiver para não perder o condicionamento. Assim, o tênis e todos os demais apetrechos (frequencímetro, meia, bermuda térmica, short, camiseta, som, cinto de hidratação, etc.) se tornam itens indispensáveis nas bagagens de viagens de qualquer amante da corrida.

Eu não viajo muito, mas como tenho um filho que mora em Alagoinhas e outro em Feira de Santana, distantes apenas uns 100 km de Salvador, nas quais inclusive já morei, sempre que estou numa delas não deixo de treinar e correr em suas ruas já se tornou para mim um prazer a mais. Conheço muito bem os points dos corredores nessas cidades, onde fiz amizades, mas de vez em quando resolvo fazer um longão, como aconteceu no último dia 12 em Alagoinhas, ocasião em que aproveitei para fazer algumas fotos dos locais por onde passei, a exemplo do que já tinha feito em Feira de Santana, quando fotografei as principais avenidas da cidade.

Assim mantenho meu interesse pelos treinamentos sempre em grau elevado e nunca deixo de cumprir as orientações que recebo dos treinadores e meus treinos continuam produzindo resultados. Para mim não basta gostar de correr! Tem que treinar!

Até breve…
EXIF_JPEG_YUV422José Amâncio Neto – Bancário aposentado de Salvador (BA), começou a correr em 2009 para manter a saúde e fazer novos amigos. Além deste blog, é autor do corredordaterceiraidade.blogspot.com

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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

ATIRE A PRIMEIRA FLOR


"Quando a terra estiver seca, que sua mão seja a primeira a regá-la.Quando a flor estiver murcha, seja o primeiro a separar o joio, a arrancar a praga, a afagar a pétala, a acariciar a flor".

"Quando tudo parece caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo. Se tudo parece escuro, se nada puder ser visto, acenda a primeira luz.
Traga para a treva você, primeiro, a pequena lâmpada.

Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso. Não na forma de lábios sorridentes,
mas na de um coração que compreenda, de braços que confortem. Parta você em busca do primeiro sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se.

Quando ninguém souber coisa alguma e você souber um pouquinho, seja o primeiro a ensinar.
Começando por aprender você mesmo, corrigindo-se a si mesmo.

Quando alguém estiver angustiado, a procura nem sabendo o que, observe o que se passa.
Talvez seja em busca de você mesmo que este seu irmão esteja.

Quando a terra estiver seca, que sua mão seja a primeira a regá-la.
Quando a flor estiver murcha, seja o primeiro a separar o joio, a arrancar a praga, a afagar a pétala, a acariciar a flor.

Se sua porta estiver fechada, de você venha a primeira chave.
Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira seja a primeira proteção e o primeiro abrigo. Se o pão for apenas massa e não estiver assado, seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.

De
acusadores o mundo está cheio. Nem, por outro lado, aplauda o erro.
Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu. Dê sua atenção primeiro para mostrar o caminho de volta, compreendendo que o perdão regenera, que é a compreensão edificada que o possibilita, e que o entendimento reconstrói.
 
Toda escada tem um degrau para baixo ou para o alto.
Toda estrada tem um primeiro passo, para frente ou para trás.
Toda vida tem um primeiro gosto de existência ou de morte.

Atire você, com ternura e vontade de entender,
quando tudo for pedra, A PRIMEIRA E DECISIVA FLOR..."
 

Autora: Gláucia Daibert