sexta-feira, 11 de maio de 2018

GUERREIRA BAHIANA



QUEM costuma participar das corridas de rua em Salvador certamente conhece ou já ouviu falar em Genilde Peleteiro. Ela é “figurinha carimbada” e como se costuma dizer por aqui: “está em todas”!
Dona Geni, como é mais conhecida, não é somente uma corredora disciplinada. Prestes a completar 65 anos, ela é frequentadora assídua do pódio em sua categoria, geralmente ocupando o lugar mais alto.
Sempre acompanhada de sua filha Rebeca, formam uma dupla inseparável distribuindo simpatia e dando exemplo para os mais jovens. Até o ano de 2009 Genilde nunca tinha participado de uma prova, apesar de treinar regularmente no bairro onde mora. Incentivada pela filha, ambas passaram a participar de corrida e nunca mais pararam. Começaram com os 5 km, depois 10 km e em 2011 fizeram a primeira Meia Maratona e todo ano participam de pelo menos mais uma prova de 21 Km. A meta delas é fazer uma maratona.

Geny Peleteiro.4 - Eu e Rebeca
Genilde, a filha Rebeca e eu, em evento na capital baiana

Genilde começou caminhando e aos poucos evoluiu para a corrida. Diz que foi o meio que encontrou para combater o estresse e para superar a perda do marido. Tinha problemas na coluna e estava bem acima do peso. Perdeu 20 kg, as dores sumiram, sua saúde e seu humor melhoraram muito. Hoje corre em média 30 km semanais, que aumentam quando treina para uma prova maior.
Acorda todos os dias às 4h da manhã e sai para treinar às 04h30. Mesmo nos dias que está chovendo não deixa de fazê-lo. Não bebe, não fuma, dorme cedo. Evita doces, sal e refrigerante. Assim, não precisa ficar indo a médicos. Só faz acompanhamentos anuais. Esta é a sua receita de viver bem.
Para a outra filha da veterana, Roberta, a mãe “é uma guerreira! Cuidar de casa, filhos, neto e ainda ter tempo para competir e treinar, só mesmo ela. Ela é um exemplo daquilo que as mulheres podem ser: mães, profissionais e atletas sem abdicar de nenhum dos papeis. Os homens me perdoem, mas para ser multi, só nascendo mulher mesmo”, comenta a filha orgulhosa.
Genilde defende que “o importante é a busca pelo movimento, seja correndo, nadando, caminhando, pedalando, dançando, pulando corda, enfim, cada um precisa buscar o que mais se identifica e se mexer. Não vale é ficar sedentária!”. Por tudo isso, Genilde é um exemplo a ser seguido!

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