Até que ponto se busca algo? Qual o limite? Até enquanto a vontade existir e encorajar?
Até alcançar o que se busca? Ou pelo momento que a esperança perder sua força, num alerta sobre nossa impotência em face do objetivo? Ou ainda até o ponto em que a massa física, impulsionada pelos estímulos mentais, suportarem o peso de todos os impasses?
O tempo cuida de encontrar as respostas para as dúvidas que afligem a existência. Ocorre que algumas respostas suscitam novas perguntas e dúvidas.
Contudo, temos retirado das conclusões anteriores algumas lições importantes e proveitosas, que acabam enriquecendo o conhecimento do mundo e da sua complexa engrenagem. É a experiência.
Parece que a experiência nos deixa mais ricos
Inexperiência deixa o espírito tão vulnerável quanto a maturidade apurada. Na primeira não temos as respostas exatas, mas como a juventude desconhece o perigo, a impetuosidade afasta o medo e leva o corpo a agir. Por outro lado, a maturidade proporciona sabedoria e domínio, mas cria medos.
Medos como o da solidão, da velhice e da morte aterrorizam, na grande maioria, aqueles que alcançaram a maturidade mental. Sociável por natureza, o homem se apavora frente à possibilidade de conviver com a solidão. Esta, com mais freqüência, ocorre na fase da velhice.
A morte não se torna uma preocupação da juventude porque o ser humano espera contar com a velhice. Mas não custa lembrar: esta, por mais chata que seja, sempre é melhor que aquela. Razão: estatísticas mostram que a maioria dos suicidas se arrepende do ato precipitado.
Voltando ao início do questionamento, pergunto-me: "Até onde somos capazes de insistir em determinado rumo ou projeto?" Até onde provarmos que ele valerá o esforço. Esta é uma resposta convincente, talvez. E se provarmos, somente depois de anos ou décadas de envolvimento, que não valeu a pena? Tudo vale enquanto não se prove o contrário.
O correto certamente é campear a antecipação do conhecimento, reduzindo a ignorância ao mínimo. Não importa se vai aprender com o erro, o que importa é aprender. E se possível, com o mínimo de erros, claro!
Numa canção Tim Maia diz que precisa contar suas agruras ao mundo inteiro, que não pode ouvi-lo. E ele acaba por aceitar que na vida uns nascem para sofrer enquanto outros riem. Prefiro seguir o caminho de Raul quando ensina algo mais animador ao cantar que a canção e a vitória não estão perdidas. E que é de batalhas que se vive. A lição é simples: Se errar, tente outra vez!
Jornalista e Artista Plástico
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