A Revista CONTRA-RELÓGIO, especializada em corrida e uma das mais conceituadas do país, publicou em sua edição de maio de 2012 uma matéria de autoria da Repórter Dart Araújo, a meu respeito, cujo texto é o seguinte:
" Mudança de hábito:
da bebida à corrida!
Por Dart Araújo
Correr é bom
para muitas coisa, inclusive para ajudar os que lutam contra vícios que só mal
trazem às pessoas, como o fumo e o álcool.
Frequentemente, nesta revista, trazemos histórias de superação
de alguns corredores. Muitas bastante diferenciadas da que hoje iremos relatar.
Alguns podem não se identificar com a de
Amâncio, no entanto é quase certo que você possui algum parente, ou até mesmo
amigos que vivenciam esta situação. Não pretendemos trazê-lo uma narrativa
penosa, mas sobretudo de exemplo, de um homem que no auge da sua maturidade
despertou o interesse pela corrida e paralelamente a esta largou o vício da
bebida. A história deste hoje corredor é com certeza de relevante superação e
não nos caberia deixar de lado o seu encorajamento de se expor diante dos
leitores da CR.
O gosto pela corrida chegou tardiamente na vida de
José Amâncio Neto, ou melhor, na hora exata.
Bancário aposentado, o sergipano, que se
auto-intitula corredor da terceira idade,
exibe uma disposição de causar inveja a
qualquer jovem. Disciplinado, ele começou a correr em 2009, aos 65 anos,
período em que ainda travava uma luta contra o alcoolismo.
Hoje, ex-viciado, Amâncio relata que esta fase ficou para trás e
de “levantador de copo” tornou-se um atleta amador. Apaixonado por corridas, o
seu cotidiano deixou de ser numa mesa de bar, o que antes era bastante comum.
Este trocou os amigos de “copo”, pelos amigos do grupo de corrida.
Emocionado, nos diz que o esporte mudou sua vida para
melhor. Sobretudo porque se sente mais saudável, disposto e sem as dores
marcadas pela idade. Seu convívio social hoje é outro; A família que o diga.
“Tornei-me mais presente e deixei de colocar minha família em risco, como
sempre fazia, quando bebia e dirigia”.
VICIADO
EM ENDORFINA. Amâncio enfatiza
que, de viciado no álcool, passou a ser
um viciado em endorfina. “Esta foi a proeza que consegui, e que nem mesmo eu acreditava
ser capaz. Por uns dois meses ‘contei postes’ e senti dificuldades para
correr”. Além da idade, e do excesso de peso, Amâncio apresentava alterações
fisiológicas em seus exames que o impediam de praticar. Mas que jamais o fizera
desistir. Acreditava que se por 50 anos conviveu com a bebida, por que agora
não conseguiria superar o vício através da corrida? E foi assim que ele
reescreveu sua história.
Assim como antes dificilmente conseguia passar mais de
48 horas sem beber, hoje não consegue ficar semelhante tempo sem correr.
“Tornei-me uma pessoa disciplinada, persistente e abnegada. Treino sob sol ou
chuva, e tenho grande prazer em mostrar às pessoas, principalmente aos mais jovens,
que com determinação e disciplina, se consegue o que antes parecia impossível.
Em abril, farei 68 anos e me sinto uma pessoa feliz por ter despertado o gosto
pela corrida e principalmente por ter deixado o vício da bebida.
“Correr não
foi tarefa fácil, no entanto com o tempo muito aprendi”. E deixo uma dica aos
mais jovens: invistam em saúde. Descubra alguma forma que lhe faça feliz e dê
prioridade, dedique-se. Fazer atividades físicas é fundamental. Já está
totalmente comprovado; a máxima é verdadeira:
com saúde você tem tudo, sem saúde nada se tem! Eu sou a prova disso. A corrida
me faz uma pessoa melhor.”
No texto
acima, faço a seguinte ressalva: foi inevitável a diminuição dos encontros com
meus amigos de “copo”, mas trocá-los, jamais. São amigos de algumas décadas e
nossas amizades continuam, graças a Deus, mesmo porque eles mesmos foram e
continuam sendo meus maiores incentivadores, pois amigo de verdade sempre
deseja o bem estar do outro.
Por outro
lado, considero que a autora do texto foi muito feliz em fazer referência ao
fato de que os leitores podem não se identificarem comigo, mas é muito provável
que tenham algum parente ou amigo que enfrentam problemas semelhantes ao que
enfrentei com a bebida.
Livrar-se de
um vício como o álcool é muito difícil. Não se pode negar que beber é
prazeroso! Desse modo, a pessoa que recebe a benção de se libertar, não pode em
nenhum momento fraquejar. Tem que continuar evitando o "primeiro gole", pois nunca se sabe se vai ter forças para resistir. Porisso evito ingerir quaisquer espécies de bebidas alcóolicas, há exatamente três anos, oito meses e onze dias.
No meu caso,
eu precisei de ajuda médica e tenho certeza que as orações de minha esposa,
Maria Graciene Oliveira Amâncio e de alguns verdadeiros amigos, foram
e estão sendo fundamentais.
Também estou
convencido de que estou conseguindo me manter sóbrio com a intercessão do Senhor do Bonfim e de
Nossa Senhora Aparecida, de modo que agradeço diariamente a Eles por terem me
concedido tamanha graça.
Quando eu
bebia não frequentava a Igreja e nem rezava. Apesar de acreditar em Deus e me
identificar como católico, não achava necessário.
A esse
respeito, minha vida também mudou radicalmente. Atualmente faço parte da Campanha dos Devotos
de Nossa Senhora Aparecida, e quase todos os dias, antes de ir treinar, rezo o terço ouvindo o programa "Com a Mãe Aparecida", às 4h da manhã, o qual é retransmitdo pela Rádio Excélcior de Salvador, AM 840. Também assisto à missa aos domingos, na Igreja Nossa Senhora da Luz e quando não posso ir à Igreja, assisto pela internet, às 8h30m, nos sites abaixo:
ou
De minha parte só tenho que agradecer. Sempre digo: se correr faz bem para a saúde, rezar faz bem para tudo!!!
De minha parte só tenho que agradecer. Sempre digo: se correr faz bem para a saúde, rezar faz bem para tudo!!!
Eu e minha esposa, Graciene Amâncio, na Igreja Nossa Senhora da Luz.